"Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. E para onde eu vou vós conheceis o caminho." João: 14. 1-4
sexta-feira, 4 de abril de 2014
Enquanto esqueço
Vivo como se estivesse vivo
Vivo mais a cada palavra
Por cada segundo, por cada silêncio
Vivo por tudo e por nada
Vivo por que é preciso
E também por não saber
Ao me esquecer
Vivo também por você
Viver anda me custando vida
Porque escrever me exige várias vidas
As quais, nem sempre tenho,
Nem sempre encontro,
Nem sempre posso contar
O silêncio que paro para escutar
Também é o que me impede de respirar
Não escrever o silêncio
Me tem deixado perdido
Ao meio de tanto infinito
Tudo o que mais quero
É tempo, que não tenho
É o tempo que me separa
Do verbo que tenho pra escrever
Existe uma precisão em cada verso
E uma incerteza atrás de uma rima
Como existe você escondida em cada razão
Detrás de toda ilusão de acreditar
Sinto a necessidade de não ser
Mas preciso escrever
E isso sempre me exigiu
Que eu seja você
Por isso vivo
Mais ainda escrevo
Pela extrema precisão de ser você
E me encontrar enquanto me esqueço
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