sábado, 15 de novembro de 2014

O que posso Compor



Sempre fui movido
Por tudo que fosse ilimitado
Sempre busquei
O que nunca tive
O que me faltava
E nunca encontrei

Vivi atrás de uma sombra
Pra descansar meus vãos
E afogar meus desesperos
Para um dia quem sabe respirar

Inventei noites de inverno
Entre folhas e azuis
Criei, compus, morri e sobrevivi
Fiz da minha vida um refrão discreto

Olho pra trás e não encontro
O que enxergo, hoje, dentro de mim
Só encontrei pedaços do engano
Que foram se expelindo pelo chão

O tempo é incerto
No instante tudo é escuridão
E num contratempo
A Tua luz rasga meu horizonte

E eu que não tive
Hoje sei o quanto Você me fez falta
E a saudade quem me consumia
Era do Teu amor

Vivo a mercê da Tua Presença
Pra curar meus nãos
E desafogar a esperança
Da terna felicidade de Te encontrar

Agora as noites são eternas conversas
Entre o Senhor e eu
O céu e o chão, O Pai e o filho
A melhor canção que posso compor

Quando quis o que me faltava
Descobri que faltava mais Você
Quando busquei o ilimitado
Encontrei o Teu amor
Quando o Senhor me encontrou
Passei a ter o que nunca esperei ter

Olho pra frente
E enxergo Cristo no fim
Trazendo vida aos passos
Que nunca soube dar

O tempo é certo
Em que não haverá escuridão
Nem saudade 
Do Senhor que nos salvou

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