Com o tempo os lápis se vão
E ficam apenas as canetas
As marcas não se apagam
Deixando suas cicatrizes
Com o tempo as histórias
Acumulam rabiscos
Que transformam dias em noite
Diante dos intocaveis da memória
E mais papéis são usados
Para sonhar o fim
Que antes nos esperava chegar
Do nosso medo de existir
E a cada frase
Mais tinta é derramada
Na folha da vida
Que antes se inventava como criança
Mas é nesse imperfeito
Modo de escrever
Que se nasce o desejo
De experimentar O Verbo
Com o tempo abandonamos
O personagem perfeito
Das nossas rimas
Para encarar a face do espelho
Para enfim escrever de novo
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